
Após ler Dom Casmurro, de Machado de Assis, os alunos do Segundo Ano do Ensino Médio, com a orientação do professor de Literatura, Anderson Rodrigo da Silva, fizeram uma atividade que dificilmente esquecerão.
Leram o livro, estudaram o caso de Capitolina e Bentinho e, divididos em “advogados de defesa” e “advogados de acusação”, julgaram a Capitu.
Assim eles discorreram sobre os detalhes desta possível traição da moça…
Seria o Bentinho um esquizofrênico, um louco ciumento?
Seria a Capitu uma dissimulada esperta? Uma moça de poucos princípios, uma manipuladora?
É normal que Bentinho sinta tantos ciumes, ciúme, até mesmo do “mar”, segundo ele mesmo?
Bentinho é o narrador e protagonista, ele acreditava na traição, teria isso influenciado a acusação?
E o Escobar, seu melhor amigo, poderia tê-lo traído, afinal? Mas como Ezequiel, o filho deles, se parecia com Escobar… quantas dúvidas, como é difícil decifrar esse enigma de Machado de Assis.
Naquela época, o adultério era considerado crime, mas afinal, não houve flagrante. O mistério era grande e continua até hoje, uma danada de uma perguntinha sem resposta…
Capitu traiu Bentinho?
Para os alunos foi uma experiência e tanto, bonitas e compenetradas advogadas apresentaram, durante quase duas aulas, todos os seus argumentos, minuciosamente escritos e ainda souberam lidar com o improviso, pois nas réplicas e tréplicas, nem imaginavam que questões viriam do outro lado.
Ficou nítido, pelo desempenho dos alunos, que a leitura do livro foi crítica, estudaram detalhes, citaram páginas, capítulos, enfim, trouxeram aqueles personagens para a nossa sala de aula.
Experiência fantástica, parabéns ao professor Anderson, parabéns aos alunos do segundo ano. Que espetáculo de aula…